segunda-feira, julho 26

stay .

. stay

« eu continuo a não gostar de acordar cedo. continuo a não gostar de cebola, nem de alho. continuo a não suportar metade das músicas que tu ouves e continuo a não gostar de cerveja - sim, continuo um merdas qualquer - nem de tabaco. continuo a dizer disparates, e a fingir que digo disparates, só para disfarçar os erros que faço. e sim, continuo a mandar bitates idiotas vindos do alto da santa ignorância. continuo a olhar pelo canto do olho para o estranho, e continuo a falar mais comigo do que contigo, com ele, com ela ou com o outro. continuo a sair de casa sem me pentear decentemente, e continuo a andar desfraldado, como diz a minha avó. continuo a ouvir dylan, david fonseca e afins. já gosto um bocadinho mais do riquelme, mas menos do thomas muller, como se fosse uma hierarquia, percebes? Continuo a não conseguir falar baixo sem que me oiçam à volta. e por falar em volta, sim, adorei ver a volta a frança em paris, não se sabias (...) continuo a dizer-te que não tarda muito para te fazer uma visita, e dou-te já a novidade que só vou num dia em que as coisas estejam fechadas porque não vou carregar contigo bebeda. como ves, as minhas piadas continuam a ser parvas também, e tenho tendencia a baixar sempre o nível da conversa.

sabes o que continua também mais ou menos igual? a minha vida. continua a ser aquela em que tu, e mais uma meia dúzia de pessoas (vá, um bocadinho mais a contar com o pessoal do jet set) entram. e sabes que mais? nela todos levam uma camisola amarela :)

" (...) não me acordes agora, nem me fales alto antes de me falares ao ouvido, não me tragas de volta do deserto." »

Um comentário:

  1. « De mais ninguém, senão de ti, preciso: do teu sereno olhar, do teu sorriso, da tua mão pousada no meu ombro. Ouvir-te murmurar: 'Espera e confia!', e sentir converter-se em harmonia, o que era, dantes, confusão e assombro. »

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