quinta-feira, dezembro 30

dois mil e DEZ

que ano tão rápido, fodasse. ups, um palavrão. foi sem querer... ou não. continuando, o ano foi mesmo muito rápido. a certa altura chega a parecer que somos espectadores de nós próprios, que estamos sentados numa cadeira e ver o tempo dar cabo de nós. nunca sentiste isso? ainda bem, podes ter a certeza que não te invejo. é porque nunca passaste mal. nunca levaste com a verdade como se ela fosse uma mão gelada a dar-te um estalo seco. eu prefiro viver na mentira, enganado, do que lidar com a verdade todos os dias. o quê? fica bem dizer que a verdade é o melhor? pois fica, mas que se lixe. sou bué rebelde, lembraste? mas isso é mais por fora. por dentro as coisas batem forte. e o verdade parece é que um tazzo no nível mais evoluído. tem uma força do caraças, e fode-nos bem. por isso sim, prefiro viver enganado mas feliz. agora, se eu tiver a mínima réstia de dúvida sobre a realidade, bem, aí não descanso enquanto não souber da verdade. seja ela boa ou má. se achar que vivo enganado não consigo viver ! por isso já sabem, meninos e gajas boas, enganem-me, mas enganem-me bem. não suporto as dúvidas. são como o café, caem muitas vezes mal, ao fim de algum tempo saem caras, e, ainda para mais, não me deixam dormir. e dormir é uma coisa que acho estúpida. perdemos metade da nossa vida a dormir. ao menos não fazemos disparates, não é? outra coisa que eu gostava de mudar, (sim, fazer disparates também mas estava mesmo a falar de dormir), era a preguiça. buh, arruma-me por completo. e por falar em arrumar, gostava de ter a cabeça sempre arrumada. ter as coisas no sítio, não perder o fio à meada. "não me lixem!" e o ano começou a não saber a quantas andava... mas lá iremos. voltando literalmente ao início do ano, epá, vocês fumem à vontade, bebam à vontade, mas fodasse, droga? não é demais? tomem juízo, que já têm idade. e tu também zé, vê-la se páras de meter a boca no filtro. okok. bom, ahhh... sim, a quantas andava. o ano era dois mil e DEZ, só podia ser um ano bom. agora que passou é muito fácil dizer bem, e que deu para aprender, mas custou pra caralho. aqueles vinte dias queimaram-me muitos cabelos. soubesse o que sei hoje. sabes o que mais me irritou no meio da história? toda a gente ter razão menos eu. não estou habituado. e para ser feliz tenho que ser o dono da razão. há tantos, mas tantos anos que o meu pai me ensina "a razão às vezes não chega", mas eu nunca liguei. se as coisas fossem justas a razão chegava e sobrava. mas não são. porquê? porque há gente parva. já tinha conhecido gente como tu, e nunca gostei nada. mas por ti fui-me completamente abaixo. perdi a força no joelhos, como se costuma dizer. no princípio era ler, durante a noite, as mensagens e aconchegar-me nelas. sabia-me tão bem! sabes quando é que podemos saber se estamos apaixonados? sabes? então pronto, ainda bem. eu acho que quando amamos alguém, essa pessoa corresponde, amamos o mundo todo. sorrimos a toda a gente, e isso é tão bom... claro que dessa pessoa gostamos mais, e até morriamos por ela. eu gostava mais de ti que de mim, devia ser por isso que metia as culpas em mim e não na verdadeira culpada: TU. na verdade, foste tu que estiveste mal. eu estive ali sempre para ti, e tu? nem te preocupaste. e eu nem te conseguia odiar por isso. fdç pá, nem sei o que pensar. olhei pela janela e lembrei-me daquela noite. tudo tão perfeito. as estrelas estavam alinhadas, era? afinal não é só a Lua que é mentirosa, as estrelas também são. ah, e aquele teste de perguntas no natal... pois, o desejo não funcionou ;) depois dessa merda toda acho que só voltei a libertar-me no verão. as saudades que tenho! aí sim, dormir não vale! vivam as directas! o dia começa às 5 da manhã e acaba quando eu quiser. só é pena não haver futsal no verão. é a única coisa que dá mesmo vontade de começar o outono. isso e a escola, mas esta passado uma semana já passou de moda. tão bom que é andar em calção, havaianas (nome bonito para chinelos) e cavas o dia todo. eu só de pensar na escola fico cansado, preciso de uma Ela, já ! este ano vou estar lá à mesma hora que tu, vais ver. e janeiro é sempre o mês, lol. "para mim hoje é janeiro, está um frio de rachar, parece que o mundo inteiro se unio para me tramar. não háááá-áá, estrelas no céééu, estrelas no céé-ééé´-uuu-uu". gosto tanto de música. acho que descobri este gosto este ano. gostar de música não é só ouvi-la. é senti-la nas veias. é ouvir a letra e sentir a pele a arrepiar. e a música é reconfortante. "all we need music, and, perhaps, love". eu até concordo. mas, apesar de me dar mal com o amor, ele pisca-me o olho e eu tenho que gostar dele. dizem que o amor só é fundamental para os poetas. pois... o mal é que a minha professora (nem é preciso dizer qual) diz que eu sou poeta. e também diz que eu devia escrever um livro. pelo menos dois vendia: um a ela e outro ao meu pai. e oferecia um à puta da minha professora de português. às vezes acho que o meu pai vive nas nuvens. nunca me pergunta nada de importante. mas depois lembro-me que ele não pergunta porque não precisa. ele sabe sempre. my father eyes, e tenho-o dito. gosto tanto de ver fotografias em pequeno, mais pequeno que o tamanho de um braço!, com ele a pegar-me sem jeitinho nenhum. parece-me um rapazolas a pegar noutro ao colo. em criança é tudo tão bom. as coisas são tão simples. lembro-me de ver a minha mãe como dilemas e achar estranho. pois, pudera, para uma criança as coisas são tão simples. e assim é que é bom! lembro-me de um Natal com 5 anos que passei em Castro, e o pai natal foi deixar a prenda lá, e não em mourão, como de costume. acham que eu descobri que ele não existia? não, ainda o idolatrei mais por saber que ele sabia que eu não estava em casa. para uma criança de 5 anos as coisas são muito fáceis: ou é, ou não é. depois crescemos e torna-se complicado tomar decisões. há sempre valores em causa. éticas certas e éticas erradas. se uma criança de 5 anos tiver que escolher algo, escolhe sempre bem. no meio da sua humildade, honestidade e simplicidade não há lugar para sovinismo nem hipocrisia. tenho saudades de levar os meus dias a brincar em casa, na minha ou na da minha avó (o ser mais adorável à face da terra). esses tempos, que quanto mais me quero aproximar deles mais longe fico. esses tempos em que a unica coisa que nos podia deixar tristes era o carrinho estragar-se, ou o jantar ser sopa. fodasse, é tão bom ser-se criança. como é que se distingue uma boa pessoa de uma má pessoa? a má não gosta de crianças. mas é que é limpinho! e há pessoas muito más. nem consigo perceber, achar-se-ão poderosos só por fazer mal a alguém? porra, não percebo. odio o sofrimento. com ele não vale a pena viver a vida. eu às vezes só tenho vontade de ser o dono do mundo. crl, queria que a economia e a sociedade fossem para a puta que as pariu, ia era dar o dinheiro a quem precisava. às vezes vejo coisas que me dão dó. coisas que me deixam a pensar "epá, eu era mais feliz antes de ver isto". e essas coisas a mim tiram-me o sono. e deviam tirar a mais gente. eu não tenho anda contra os políticos, ao contrário do resto do universo, mas isso sou eu que teimo em ser diferente. quero lá saber que não acabem com os assaltos! se as pessoas tivessem bom senso não roubavam. quero lá saber que não acabem com o tráfico de droga. se as pessoas tivessem dois dedos de testa afastavam-se. eu gostava mesmo era que acabassem com a pobreza e com a falta de dignidade que alguns têm. às vezes, quando parece que o mundo me vai cair em cima penso que há-de haver alguém pior que eu, e que, por muito mal que esteja, podia ser sempre pior. saber que há alguém pior não é uma coisa que me agrade. eu gostava que toda a gente fosse feliz. mesmo as pessoas más. se fossem felizes já não tinham necessidade de serem maus, não era? por isso, a unica coisa que eu peço para o meu futuro é a felicidade. isso engloba tudo, não é? shake up the hapiness! :) bem, acho que chega. o ano não foi assim tão bom, nem merece muito destaque. além disso, já me dói a cabeça. vou ouvir uma música qualquer, tchau e beijinhos no canto da boca.

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